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Por que você deveria parar de usar óleo vegetal para ter saúde metabólica e mental


Os óleos vegetais (ácidos graxos poli-insaturados) na nossa alimentação é algo relativamente novo comparado a nossa história de civilização humana.


O consumo de Ácidos Graxos Poli-insaturados (PUFA) aumentou drasticamente nas últimas décadas.


Em 2017, indivíduos em países industrializados já obtinha mais de 20% de suas calorias de óleos de sementes ricos em ácido linoleico, um tipo de ácido graxo poli-insaturado, especificamente um tipo de gordura ômega-6. (4)


Isso marca um aumento impressionante de 20 vezes nos últimos 100 anos, impulsionado por uma mudança de gorduras tradicionais para cozinhar, como manteiga, para opções industriais ricas em PUFA 6, como óleo de soja, de canola, milho, girassol e cártamo, devido à sua relação custo-benefício, longa vida útil e possível beneficio a saúde cardíaca.


No entanto, a história é mais complexa. Esses óleos não são apenas ricos em ácidos graxos ômega-6, que em excesso podem incitar inflamação e outros problemas de saúde, mas também são extensivamente processados, formando compostos nocivos que podem causar estresse oxidativo e danos às células.


O problema com os óleos poli-insaturados


Esses óleos são compostos por moléculas instáveis, cheias de “dobras” químicas chamadas ligações duplas. Elas oxidam com facilidade, ou seja, reagem com o oxigênio, especialmente quando o óleo é aquecido (frituras, assados, refogados) ou fica muito tempo armazenado. Esse processo, chamado peroxidação lipídica, quebra as moléculas de gordura e forma subprodutos altamente reativos.


Um estudo publicado em julho de 2025 mostrou células pancreáticas em pacientes com pré-diabete sofrem estresse devido à inflamação,(5)


O resultado é aumento do estresse oxidativo, inflamação crônica e alterações no metabolismo, que favorecem resistência à insulina, acúmulo de gordura no fígado e problemas cardiovasculares.


Principais preocupações com a saúde

Por que você deveria parar de usar óleo vegetal para ter saúde metabólica e mental

O principal problema com os PUFAs 6 é que eles são altamente instáveis.


Todas as gorduras têm uma temperatura na qual podem começar a se deteriorar, e para os PUFAs 6, essa temperatura é muito baixa. Assim, as gorduras insaturadas são instáveis, enquanto as saturadas são estáveis. 


Quando essas gorduras instáveis ​​começam a se deteriorar, podem formar radicais livres. Radicais livres podem causar danos às células do seu corpo, levando a vários problemas de saúde.


E ainda mais, o benefício geralmente defendido para o consumo do ácido linoleico (ácido graxo ômega 6) na desaceleração do desenvolvimento da aterosclerose tem sido questionado.


Três grandes meta-análises realizadas por grupos de pesquisa bem estabelecidos produziram resultados conflitantes(11)


Isso porque no organismo, o ácido linoleico (PUFA 6 )se alonga e dessatura para formar ácido araquidônico, um precursor de compostos pró-inflamatórios que podem ter efeitos muito prejudiciais à saúde.


E com isso eles podem causar:


Contribuir trombose e aterosclerose

No metabolismo oxidativo, ômega 6 em excesso produz agentes pró-inflamatórios muito potentes, que contribuem para a formação de trombos e ateromas, para reações alérgicas e distúrbios inflamatórios, (10)


Inflamação e doenças crônicas

O alto teor de ômega-6 nos óleos de sementes pode levar a um desequilíbrio no corpo, promovendo inflamação crônica, que é uma das principais causas de muitas doenças.


Estresse oxidativo e danos celulares

Quando esses óleos são aquecidos podem oxidar, produzindo compostos nocivos que, por sua vez, podem causar danos celulares e contribuir para doenças como a aterosclerose.


Desequilíbrio nos ácidos graxos ômega

Uma desproporcional da quantidade de ômega-6 para ômega-3 pode prejudicar o equilíbrio do corpo, afetando a saúde do coração, a função imunológica e o bem-estar mental. (6)


Os ômega-6 e ômega-3 são antagônicos e competem pelas mesmas enzimas no organismo. Um alto consumo de ômega-6 pode prejudicar a conversão de ômega-3 em formas mais ativas (como EPA e DHA), reduzindo seus benefícios anti-inflamatórios. (8)


Ganho de peso e problemas metabólicos

O consumo excessivo desses óleos são associados à obesidade e síndromes metabólicas devido à sua alta densidade calórica e impacto na resistência à insulina.(2) Isso mesmo que você leu pode desencadear obesidade.O ácido linoleico, um ômega-6 abundante em óleos vegetais, tem sido associado a efeitos inflamatórios e pode prejudicar a sensibilidade à insulina


Impacto na saúde mental

Pesquisas emergentes sugerem que um desequilíbrio nos ácidos graxos pode afetar a saúde mental, impactando potencialmente o humor e a função cognitiva. (7)


Absorção reduzida de nutrientes

Os óleos podem afetar a absorção de vitaminas e minerais essenciais, levando a deficiências, mesmo havendo ingestão adequada. (9)


Problemas metabólicos

Os ácidos poli-insaturados podem afetar a taxa de produção de energia das células, causando estresse em vários sistemas do corpo. Esse estresse pode afetar a saúde da tireoide e o equilíbrio hormonal.


Impacto na barreira intestinal

Um artigo publicado em abril de 2025 destaca que o consumo desequilibrado na proporção ômega 6/ômega 3, é fator-chave para distúrbios metabólicos, sendo a barreira intestinal crucial nesse processo. (9)


Seria somente os óleos fontes de ômega 6?


As principais fontes de ácidos graxos ômega-6, além dos óleos vegetais, são nozes e sementes.


Animais criados com rações à base de grãos, também podem ser fontes significativas de ômega-6. A carne e os ovos dos animais tratados com ração acaba por tem mais ômega 6.


No Brasil ainda prevalece o gado tratado no pasto, isto significa que ainda temos uma boa fonte de ômega 3 na carne vermelha.


Embora o ômega-6 seja um ácido graxo essencial que o corpo precisa para obter energia e para o funcionamento celular, as dietas ocidentais modernas geralmente contêm uma quantidade excessiva em comparação com os ômega-3, o que pode levar a uma proporção desequilibrada.


Conclusão


Como vimos, o consumo de óleos vegetais desencadeia dois riscos, o da instabilidade e oxidação, e o desequilíbrio na proporção ômega 6/ ômega 3.


A facilidade da vida moderna e seus processados altamente disponíveis tem se mostrado como fatores de prejuízos a nossa saúde.


Cada vez mais vemos a necessidade de voltarmos a alimentação mais natural, afinal o valor e interferência direta da alimentação na saúde humana é um fato inegável.


Reduzir carboidratos pode até ser opcional, dependendo do seu estilo de vida. Já cortar óleos vegetais é necessário e reduzir consumo de sementes é importante para preservar a saúde metabólica.


Isenção de responsabilidade sobre o conteúdo, incluindo seus conselhos, fornece somente informações genéricas, não substituindo de forma alguma uma opinião médica.




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